Os rins e alimentação

Segundo a Sociedade Portuguesa de Nefrologia os rins são essenciais para a manutenção da homeostase (estabilidade) do organismo, tendo como principais funções a eliminação de resíduos, regulação de fluídos corporais e da pressão arterial, regulação do equilíbrio hidro-eletrolítico e síntese de hormonas. Por último este órgão é ainda um dos principais intervenientes no metabolismo e equilíbrio nutricional.

Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática de exercício físico é uma forma de preservarmos o bom funcionamento deste órgão. Ao nível da nutrição, optar por alimentos frescos, ricos em fibra e pobre em sódio, conservantes e outros aditivos será sempre uma melhor escolha.

No entanto, quando o funcionamento deste órgão se encontra comprometido, há que ter especial atenção aos aspetos nutricionais, cujas recomendações irão divergir consoante o estádio da patologia renal. Estima-se que aproximadamente cerca de 10% da população mundial possa vir a desencadear doença renal em idade adulta, estando intimamente relacionada com outras patologias, como é o caso da diabetes e hipertensão. Em estados mais avançados da doença tal facto poderá conduzir a um transplante renal, diálise peritoneal e a mais comum hemodiálise.

De um modo geral, indivíduos que apresentem doença renal deverão controlar a ingestão de determinados nutrientes, como é o caso das proteínas, sódio, potássio e fósforo. O objetivo da monitorização destes nutrientes pressupõe uma adequada manutenção dos níveis de eletrólitos, minerais e fluídos.

Aspetos nutricionais a ter atenção

Proteínas

A restrição e controlo da ingestão de proteínas deve ser algo a ter em consideração a partir do momento em que é feito o diagnóstico da doença renal. Atualmente sugere-se uma ingestão de 0,6-0,8g de proteína/kg/peso por dia em doentes que se encontrem entre o estádio 1 a 4 da doença. Estes parâmetros deverão ser sempre adaptados a cada individuo consoante as orientações do nutricionista.

Sódio

De um modo geral doentes que apresentem hipertensão, edema e excesso de proteína na urina deverão ter um aporte de sódio inferior a 2g/dia e para os restantes que não apresentem este quadro poderão ingerir até 2,3g/dia, estes valores correspondem a aproximadamente a 5g de sal por dia (somatório do sal adicionado e o naturalmente presente nos alimentos). Em Portugal a média de sal ingerido por pessoa situa-se entre as 10 e 11g/dia, sendo um aspeto extremamente importante, sendo necessário a sensibilizar para a redução.

Potássio

O potássio é um mineral que se encontra presente numa vasta gama de alimentos, muitos dos quais são saudáveis, como é o exemplo da fruta, tubérculos e dos legumes. Estes alimentos não devem ser retirados da dieta no momento da prescrição alimentar, havendo métodos para remover parte do potássio tais como colocar os vegetais de molho, mudar a água da cozedura 2 ou mais vezes e retirar sempre a casca dos alimentos.

Fósforo

O fósforo é um mineral que está diretamente relacionado com a proteína, na medida em que ao restringir a quantidade de proteínas está consequentemente a diminuir também a ingestão de fósforo. Alimentos como cereais integrais, lacticínios, chocolate e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ricos em fósforo, deste modo devem ser reduzidos ou até mesmo nulos (no caso dos refrigerantes e chocolate).

Em suma cuide bem do seu Rim, este que é um dos principais órgãos responsáveis pela filtração de substâncias tóxicas.

No caso de Doença Renal o acompanhamento do nutricionista será sempre uma mais valia. Se ficou com dúvidas esclareça-as connosco!

 

Até breve,
Liliana Silvestre

Nutricionista 2963N

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Técnica PRP. Cicatrizar nunca foi tão rápido!

Técnica PRP

A técnica PRP tem como base plasma rico em plaquetas e é uma solução simples e eficaz em situações de pós-operatório, como a colocação de implantes, extração dentária ou qualquer cirurgia oral, promovendo uma cicatrização mais rápida, reduzindo o mal-estar do paciente.

O que é Plasma Rico em Plaquetas

O plasma é um elemento do sangue, e tem na sua composição plaquetas que por sua vez contêm proteínas denominadas de fatores de crescimento, que são responsáveis por travar sangramentos. Quando ocorre uma lesão nos vasos sanguíneos, as plaquetas aglomeram-se e promovem a coagulação para travar a lesão e estancar a perda de sangue.

Como é o procedimento?

O procedimento por detrás da técnica consiste na extração de uma pequena quantidade de sangue do paciente, por norma imediatamente antes da intervenção. Esta amostra é colocada numa centrifugadora de modo a separar os elementos do sangue recolhido: glóbulos vermelhos e brancos, plaquetas e plasma. O médico dentista retira apenas as plaquetas da centrifugação. Estas serão aplicadas no paciente durante a cirurgia sobre a zona intervencionada, de forma rápida e eficaz.

Quais as vantagens da aplicação da técnica PRP?

Ao aplicar o plasma rico em plaquetas diretamente no paciente durante a cirurgia ou intervenção, a área intervencionada irá cicatrizar muito mais rapidamente, pois as plaquetas são fulcrais na regeneração de tecidos no interior da boca.

Para além de promover uma mais acelerada regeneração dos vasos sanguíneos e tecidos da boca, é uma técnica rápida, não intrusiva e 100% compatível com o paciente visto que as plaquetas provêm do seu sangue.

A maior vantagem de todas é que os profissionais da sua clínica de Medicina Dentária Sb Smiles, já estão a utilizar esta técnica durante os procedimentos, pois o bem-estar dos nossos pacientes é uma prioridade todos os dias!

 

Até breve,

Sara Baltazar

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